FAQs - perguntas frequentes

A infertilidade é considerada pela Organização Mundial de Saúde como uma doença do sistema reprodutor definida pela ausência de gravidez após 12 meses de relações sexuais regulares e desprotegidas, sendo que pode afetar tanto mulheres, como homens. No entanto, este critério não é rigoroso e em algumas situações esta deve ser investigada ao fim de 6 meses.

A infertilidade pode, portanto, ser de causa feminina, masculina ou ambas. Existem ainda situações em que a causa de infertilidade não é conhecida, designada por infertilidade inexplicada ou idiopática.

Independentemente da causa, lidar com a infertilidade é um processo que exige uma grande carga emocional, pelo que é importante não atribuir culpas, mas sim diagnosticar causas e tratá-las ou ultrapassá-las, seja com recurso a medicação, cirurgia ou tratamentos de procriação medicamente assistida (PMA). O estigma social que se cria à volta de uma possível situação de infertilidade não só não contribui para a sua resolução, como piora a situação. A culpabilização da mulher a que, ainda hoje, se assiste já não tem razão para existir. Por outro lado, havendo uma causa de fator masculino, a situação de infertilidade torna-se muitas vezes um tabu. É prioritário educar e informar para que os casais e as mulheres possam tomar decisões conscientes sobre quando devem engravidar, se será prudente adiar o projeto de maternidade para mais tarde e para que entendam que a infertilidade é uma condição médica como qualquer outra, sobre a qual se deve falar abertamente e procurar ajuda.

A probabilidade de conceção num ciclo menstrual, definida pelo termo fecundabilidade, em mulheres até aos 35 anos é de cerca de 20 a 25%. A partir daí, sofre um acentuado declínio e chega a valores na ordem dos 4 a 5 % aos 40 anos. Assim sendo, a percentagem de sucesso não é muito elevada e piora se houver alguma patologia associada, pelo que é de extrema importância procurar ajuda médica e especializada para detetar atempadamente algum problema de fertilidade.

É importante reforçar que a infertilidade não é uma condição rara. Estima-se que 48 milhões de casais em todo o mundo sofram com problemas de infertilidade. Em Portugal, serão cerca de 300.000 os casais inférteis. 

Tendo em conta estes números elevados e crescentes a cada ano que passa, a infertilidade não é apenas um problema dos casais ou das mulheres que tentam ter um filho. A infertilidade vai além disso, tornando-se num problema social em que a renovação de gerações fica comprometida.

As causas de infertilidade feminina podem ser de várias ordens. O sistema reprodutor feminino é algo complexo e requer que vários fatores se conjuguem para que uma gravidez seja possível. Existindo alguma disfunção em algum ponto do processo, pode surgir uma situação de infertilidade. 

As causas mais comuns são:

  • Idade avançada
  • Disfunções ovulatórias
  • Síndrome dos Ovários Poliquísticos
  • Obstrução das trompas
  • Endometriose
  • Fatores uterinos – como pólipos, miomas
  • Alterações cervicais
  • Doenças sexualmente transmissíveis
  • Menopausa precoce
  • Desequilíbrios hormonais

As causas de infertilidade masculina mais comuns são:

  • Alterações no espermograma – baixa concentração (oligozoospermia) ou ausência (azoospermia) de espermatozóides, baixa motilidade (astenozoospermia), elevada percentagem de formas anormais (teratozoospermia)
  • Varicocelo
  • Lesões testiculares
  • Criptorquidia – ausência de descida dos testículos para o escroto, que acontece pouco antes do nascimento
  • Alterações genéticas – como microdeleções no cromossoma Y
  • Alterações hormonais
  • Obstrução dos canais espermáticos
  • Problemas de ejaculação – ausência de ejaculação ou ejaculação retrógrada
  • Problemas de erecção

Nem sempre é fácil dar o passo de marcar uma consulta de infertilidade. Reconhecer o problema e avançar para algo que nos é desconhecido requer alguma coragem. Mas procurar ajuda no momento certo é crucial para que o objectivo de obter uma gravidez seja mais facilmente alcançado.

A infertilidade é reconhecida após um ano/6 meses de relações sexuais regulares e desprotegidas sem que aconteça gravidez. No entanto, algumas condições ou doenças, assim como a idade materna avançada, podem justificar que se procure ajuda médica mais cedo.

Se está a passar por uma situação de infertilidade, é indispensável que agende uma consulta com um especialista para diagnosticar a causa e estudar a melhor forma de a tratar ou ultrapassar, seja com recurso a métodos medicamentosos, cirúrgicos ou de procriação medicamente assistida.

Na primeira consulta de infertilidade, que deve sempre ser realizada por um ginecologista, de preferência com a sub-especialidade em Medicina da Reprodução, é avaliada a sua saúde reprodutiva em geral, recolhida a história clínica e prescritos alguns exames que o médico considere pertinentes, tanto ao elemento feminino como ao elemento masculino, se se tratar de um casal heterossexual.

Se tiver análises ou exames recentes (últimos 12 meses), deve trazê-los consigo para a consulta e assim poderá evitar repetição de exames desnecessariamente.

A infertilidade representa alguma dificuldade em engravidar ou levar uma gravidez a termo, enquanto que a esterilidade se define pela impossibilidade de obter gravidez.

A infertilidade pode ser tratada ou ultrapassada com recurso a métodos medicamentosos, cirúrgicos ou de procriação medicamente assistida.

No CETI não existe lista de espera para realizar tratamentos.

Nos casos em que o tratamento requer recurso a doação de ovócitos, o início do tratamento está dependente da disponibilidade de uma dadora compatível. No entanto, encontrada a dadora adequada, o tratamento pode ser iniciado de imediato.

Sim. Segundo a atual Lei Portuguesa, o limite mínimo legal é 18 anos. O limite máximo para a mulher é de 50 anos. Não existe limite máximo para o parceiro masculino.

A infertilidade primária ocorre quando nunca ocorreu gravidez. 

A infertilidade secundária implica que já tenha ocorrido gravidez, mesmo que esta não tenha sido levada a termo.

O exame de diagnóstico da infertilidade masculina mais frequente é o espermograma.

Neste exame são analisados vários parâmetros após a colheita de ejaculado por masturbação. Um exame considerado normal (normozoospermia) prevê que existam no ejaculado mais de 39 milhões de espermatozóides, que mais de 32% tenham motilidade progressiva e mais 4% tenham morfologia normal.

 

A fertilidade feminina pode ser afetada por vários fatores, alguns deles relacionados com o estado de saúde e o estilo de vida da mulher.

Alguns desses fatores são:

  • Idade
  • Tabagismo
  • Consumo de álcool excessivo
  • Stress
  • Maus hábitos alimentares
  • Excesso ou baixo peso
  • Doenças sexualmente transmissíveis
  • Problemas hormonais

A produção e função dos espermatozoides pode ser afetada pelo estado de saúde e pelo estilo de vida do homem. Alguns fatores que podem provocar alterações nos espermatozoides incluem:

  • consumo excessivo de álcool
  • consumo de drogas
  • tabagismo
  • contacto com toxinas, químicos ou fontes de calor
  • algumas medicações

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