Doação de Espermatozoides

Espermatozóide são as células germinativas ou gâmetas masculinos que poderão fecundar um ovócito, daí resultando um embrião, que poderá resultar em gravidez.

A doação de espermatozóides é um ato voluntário e altruísta, permitindo a um casal ou a uma mulher realizar o sonho da parentalidade utilizando espermatozóides de um terceiro.

Para poder doar esperma existe um conjunto de pré-requisitos. Os candidatos deverão ter entre 18 e 40 anos, não ter doenças de transmissão sexual, não ser portador de doenças hereditárias, realizar análises sanguíneas 6 meses após a última doação.

O processo de doação de esperma é geralmente feito de acordo com 3 passos:

– Recolha de esperma para análise prévia, avaliação de fertilidade, análises sanguíneas e entrevista (Psicologia)
– Doações (máximo 7 colheitas de esperma)
– Análises sanguíneas (6 meses após a última recolha)

O CETI trabalha com dois bancos de esperma reconhecidos internacionalmente e sediados na Dinamarca: o European Sperm Bank e o Cryos International. Ambos garantem que todos os requisitos legais são cumpridos para que a doação seja realizada em segurança.
As amostras de esperma selecionadas são encomendadas ao banco de gâmetas e enviadas para as instalações do CETI, cumprindo todas as normas de segurança de forma a garantir a preservação da qualidade das amostras.

As principais causas para recurso a espermas de dador são:

– Quando a qualidade do sémen é má e não se obteve gravidez com as técnicas de Procriação medicamente assistida já tentadas.
– Na ausência de espermatozoides (azoospermia) tanto na ejaculação como na biopsia de testículo.
– Quando o homem é portador de uma doença genética.
– Quando o homem é portador de uma doença de transmissão sexual e não foi possível eliminar o vírus do sémen.

No caso de a clínica não ter programa de doação de esperma, as amostras necessárias para os tratamentos serão adquiridas num banco que possua todas as condições necessárias e se aplique as disposições legais da lei portuguesa.

Tal como para os ovócitos, é obrigatório o anonimato do dador relativamente à receptora ou casal receptor e vice-versa. O levantamento do anonimato só não se aplica ao indivíduo que nascer como resultado deste processo, se tiver conhecimento disso, e na altura em que atingir a maioridade.

Lei n.º 58/2017 de 25 de julho – Artigo 10.º – Doação de espermatozoides, ovócitos e embriões.

1 – Pode recorrer-se a ovócitos, espermatozoides ou embriões doados por terceiros quando, face aos conhecimentos médico-científicos objetivamente disponíveis, não possa obter-se gravidez ou gravidez sem doença genética grave através do recurso a qualquer técnica que utilize os gâmetas dos beneficiários e desde que sejam asseguradas condições eficazes de garantir a qualidade de gâmetas.

2 – Os dadores não podem ser havidos como progenitores da criança que vai nascer.