O Teste Genético Pré-implantação, conhecido pela sua sigla inglesa PGT – Preimplantation Genetic Testing – está definido como uma técnica que permite analisar o ADN de ovócitos ou embriões de forma a detetar anomalias genéticas.
O PGT engloba três tipos diferentes: o PGT para deteção de aneuploidias (PGT-A), para deteção de doenças monogénicas (PGT-M) e deteção de anomalias genéticas estruturais (PGT-SR).
O Teste Genético Pré-implantação, conhecido pela sua sigla inglesa PGT – Preimplantation Genetic Testing – está definido como uma técnica que permite analisar o ADN de ovócitos (glóbulo polar) ou embriões (em fase de clivagem ou de blastocisto) de forma a detetar anomalias genéticas. Atualmente, com a evolução das técnicas e condições de cultura embrionária e de criopreservação de embriões, o mais comum é que o PGT seja realizado em células retiradas da trofoectoderme (camada externa) do blastocisto, através de uma técnica designada por biópsia embrionária.
Para a realização do PGT, são utilizadas técnicas de análise genética complexas e avançadas.
Existem três tipos de diagnóstico genético:
Os embriões com algum tipo de alteração genética podem impedir que uma gravidez ocorra ou que esta chegue a termo, ou podem dar origem a um bebé com doença. O objetivo principal do PGT será potenciar a probabilidade de gravidez e diminuir o risco de transmissão de alterações genéticas ou doenças monogénicas à descendência.
A realização de Teste Genético Pré-implantação está indicada nas seguintes situações:
A realização de um ciclo de tratamento com recurso a Teste Genético Pré-implantação implica a obtenção de embriões através de técnicas de Procriação Medicamente Assistida, nomeadamente, a Microinjecção Intracitoplasmática de Espermatozoides (ICSI).
Em termos gerais, o processo envolve as seguintes etapas:
Transferência e/ou eliminação dos embriões – uma vez obtidos os resultados genéticos, os embriões considerados viáveis poderão ser descongelados e transferidos para o útero da paciente. Enquanto que os embriões com anomalia serão descongelados e eliminados.
É importante referir que, como em todas as técnicas, existe uma percentagem de erro que pode ocorrer no PGT.
A percentagem de erro no PGT-M/SR é de 1 a 5%, pelo que não se exclui a possibilidade de haver necessidade de realização de mais exames no decurso da gravidez.
No caso do PGT-A, não é possível excluir que um embrião seja classificado como transferível mesmo contendo uma anomalia. Tal pode acontecer devido à não deteção da aneuploidia por limitação da técnica ou porque aquele embrião é composto simultaneamente por células normais e aneuploides (mosaicismo) mas as células analisadas eram todas normais. Dadas estas limitações, é possível que sejam transferidos embriões com aneuploida mas, da mesma forma, é possível que sejam eliminados embriões que dariam origem a gravidez e a bebés saudáveis.
É ainda importante ressalvar que o Conselho Nacional de Procriação Medicamente Assistida (CNPMA) refere que não está comprovado que a realização de PGT-A aumente o sucesso das técnicas de PMA.
Tendo em conta a complexidade deste tema e as limitações associadas ao diagnóstico genético, é de extrema importância que todas estas questões sejam discutidas com o seu médico.
Um embrião é composto por várias células e nem todas têm a mesma composição genética. Um embrião com mosaicismo apresenta na sua composição células com composição cromossómica normal e células com aneuploidia.
Uma doença monogénica é provocada por mutações num único gene. São exemplo destas doenças a Fibrose Cística, o Síndrome do X-Frágil e a Doença de Huntington.
Para que um ciclo de tratamento com recurso a PGT possa ser concluído, é necessário que cada etapa do processo decorra normalmente, ou seja, que seja possível realizar a recolha de ovócitos e de espermatozoides, que ocorra fertilização, que os ovócitos fertilizados deem origem a embriões (blastocistos) com qualidade suficiente para resistirem aos procedimentos de biópsia embrionária e de congelação/descongelação.
Apenas os embriões classificados como transferíveis, sem anomalia, poderão ser transferidos para o útero da paciente. Os embriões não viáveis serão descongelados e eliminados.