O que são ovários policísticos?

Os ovários policísticos são uma disfunção hormonal e ovulatória em que ecograficamente se deteta ovários globosos com muitos folículos (> 10) à periferia do estroma.

 

A Dra. Florbela Gomes, especialista do CETI, indica-nos também que a este facto, pode estar associada uma alteração do ciclo menstrual, sinais de excesso de andrógeneos (acne e excesso de pelo) ou até determinadas alterações analíticas hormonais.

 

Neste caso, falamos de síndrome do ovário policístico, no qual pode ocorrer uma perturbação da ovulação, que necessita de tratamento médico ou cirúrgico para aumentar a probabilidade de gravidez, visto ser uma das causas comuns de infertilidade.

Quais são os principais sintomas da síndrome dos ovários policísticos?

Os sintomas normalmente aparecem durante a puberdade e pioram com o passar do tempo, sendo que os sintomas mais comuns são:

  • Menstruação irregular ou amenorreia (cessação das menstruações após terem começado); 
  • Hirsutismo leve (presença de pelos em áreas anatómicas características do padrão masculino);
  • Alopecia temporal (é definida pela queda de cabelo);
  • Acantose nigricante (caracteriza-se pelo espessamento e escurecimento da pele);
  • Acne (uma doença inflamatória da pele que se manifesta pelo aparecimento de pápulas, pústulas (borbulhas) e comedões fechados (pontos brancos) ou abertos (pontos negros).

Quais as causas e fatores de risco?

Pesquisas científicas recentes indicam que a síndrome dos ovários policísticos é frequentemente associada aos seguintes fatores:

  • Obesidade;
  • Resistência à insulina;
  • Histórico familiar;
  • Baixo peso ao nascer.

Quais são as formas de tratamento mais comuns?

Não existe cura para a síndrome dos ovários policísticos, visto tratar-se de uma doença crónica, porém, é possível fazer alguns tratamentos ou adotar um estilo de vida saudável para controlar os seus sintomas, tais como:

  • Exercício físico regular;
  • Dieta equilibrada;
  • Uso de estimulantes de ovulação;
  • Uso de pílula anticoncecional para regular o ciclo menstrual;
  • Uso de fármacos específicos para limitar o excesso de testosterona reduzindo o crescimento excessivo de pelos.

 

Como em qualquer doença, deve consultar o seu ginecologista ou médico assistente para que ele possa avaliar a sua história clínica e realizar um exame físico, pois as formas de tratamento devem ser analisadas caso a caso, de acordo com os sintomas da paciente.