Avaliação do casal infértil - a primeira abordagem

Define-se infertilidade como a ausência de gravidez ao fim de 1 ano de relações sexuais frequentes e desprotegidas. Contudo, dependendo da situação clínica pode iniciar-se o estudo, para avaliação e diagnóstico, antes dos 12 meses:

  • como no caso de mulheres com mais de 35 anos em que faz sentido iniciar a investigação aos 6 meses,
  • ou nos casos em que existe historial clínico de irregularidades menstruais (oligomenorreia e/ou amenorreia), suspeição de endometriose, disfunção sexual ou condição que possa afetar a reserva ovárica (por exemplo, antecedentes de quimio ou radioterapia)

A avaliação diagnóstica do casal infértil engloba uma história clínica completa, envolvendo antecedentes ginecológicos, obstétricos, médicos e cirúrgicos, bem como antecedentes familiares.

No que concerne aos exames de diagnóstico, eles serão solicitados com base na história e achados clínicos, mas alguns são sempre necessários como a ecografia pélvica, análises clínicas e espermograma. Para avaliação da permeabilidade das trompas poderá ser solicitada uma histerosalpingografia ou histerossonossalpingografia. Nos casos em que não se encontra uma causa para a infertilidade ou se existe suspeita de patologia intra-uterina pode ser indicado realizar uma histeroscopia


Bibliografia:
Obstetrics & Gynecology, ACOG Comittee Opinion, Vol 133 nº 6 June 2011
Fertility evaluation of infertile women: a comitte opinion. Fertility & Sterility Vol 116, nº5, Nov 2021