Avaliação do fator masculino da infertilidade

O estigma cultural de que a mulher é a responsável pela maioria dos casos de infertilidade leva a que ainda hoje se inicie maioritariamente o estudo da infertilidade pela mulher.

Porém, o fator masculino está presente em cerca de 50 a 60% dos casais inférteis.

Assim, é de extrema importância que a avaliação seja feita em conjunto e no caso particular do homem deve ser conduzida por um Urologista com formação em Andrologia.

Avaliação inicial

Na avaliação inicial, é de extrema importância a colheita da história clínica sem esquecer os antecedentes pessoais e familiares, bem como um exame físico geral com especial ênfase no exame dos órgãos genitais externos.

Em relação aos exames auxiliares de diagnóstico nunca é demais lembrar a importância primordial do espermograma. Este exame, mesmo não esclarecendo uma etiologia para o fator masculino da infertilidade, é fundamental para espelhar a capacidade fértil.

Espermograma

Para além da avaliação do volume de esperma ejaculado, o pH, a viscosidade, a cor e o tempo de liquefação, este exame permite determinar o número de espermatozoides e a motilidade dos mesmos.

Para além destes parâmetros, o espermograma permite ainda avaliar a morfologia dos espermatozoides. Quando esta está alterada, temos uma situação de teratozoospermia, que pode estar relacionada com diversas situações onde se incluem a obesidade, o sedentarismo, exposição a tóxicos, tabagismo e consumo de drogas, bem como patologias específicas genitais tais como varicocelo, criptorquidia, traumatismos testiculares, antecedentes de torsão do cordão espermático, e orquidoepididimites entre outras.

 

Pedro Vendeira