InOvulação – estudo sobre a disfunção ovulatória

O Prof. Doutor Rui Miguelote, médico especialista no CETI, está a coordenar um projeto de investigação clínica relacionado com a disfunção ovulatória, denominado InOvulação.

 

O projeto está a ser desenvolvido por uma equipa de médicos e investigadores ligados à Universidade do Minho e aos hospitais de Guimarães, Braga e Famalicão.

 

Uma mulher em idade reprodutiva deve ter ciclos menstruais regulares com duração entre os 25 e 36 dias. A presença de ciclos irregulares ou amenorreia (ausência de menstruação) pode significar uma disfunção ou patologia num dos diferentes órgãos responsáveis pelo ciclo menstrual.

Quais são as causas?

Há duas grandes causas de disfunção ovulatória, a síndrome do ovário poliquístico, em que a disfunção estará mais ao nível do ovário e em que também intervém fatores metabólicos, e a amenorreia hipotalâmica funcional, em que o hipotálamo e a hipófise não estão a estimular corretamente o ovário, refere o Prof. Doutor Rui Miguelote.

Objetivo do estudo

Apesar de estas duas causas serem situações clínicas muito frequentes, ainda não são completamente compreendidas. A falta de conhecimento sobre estes mecanismos e a forma como interagem tem contribuído para orientações clínicas, muitas vezes, incorretas ou pouco eficazes.

 

De modo a compreenderem melhor a disfunção ovulatória e também com vista a criar um algoritmo de diagnóstico que ajude os médicos a terem uma melhor orientação nestes casos, o estudo está, neste momento, numa fase de recrutamento de participantes.

Quem pode participar?

Mulheres com idade entre os 18-38 anos, e que cumpram uma das seguintes condições:

  • Tenham ciclos menstruais com mais de 36 dias (entre o 1ª dia da menstruação de um ciclo e o primeiro dia de menstruação do ciclo seguinte);
  • Não menstruem se não tomarem a pílula (contracetivo hormonal) ou outra medicação hormonal;
  • Mulheres com diagnóstico de ovários poliquísticos ou Síndrome do Ovário Poliquístico.

Quais as vantagens em participar?

A participação no estudo permite-te realizar, de forma gratuita, um conjunto de análises clínicas, uma ecografia ginecológica 2D/3D e uma avaliação médica por um médico ginecologista. Esta avaliação clínica integrada, permitirá compreender melhor a sua situação clínica.

Como posso participar?

Se pretende participar neste estudo, deve preencher o formulário de inscrição disponível no site do projeto e responder ao inquérito sobre o seu ciclo menstrual, os seus dados demográficos e clínicos.

 

Depois terá que aguardar pelo email de “Confirmação” e se cumprir os critérios de inclusão no estudo, ser-lhe-á agendada a primeira consulta, onde realizará um exame físico e uma ecografia ginecológica 2D/3D do útero e ovários.

 

​​Posteriormente realizará uma colheita de sangue. Depois de processados os resultados, terá uma nova consulta onde serão entregues os mesmos.

 

​Se estiver a tentar engravidar, poderá participar na segunda parte do estudo que consiste na realização de induções da ovulação. Nesta segunda parte terá acompanhamento médico para a realização de induções de ovulação, com o objetivo de corrigir a disfunção ovulatória.

 

​Este acompanhamento consiste em consultas e ecografias de monitorização da ovulação, agendadas mediante o seu ciclo menstrual.